CANtar o mundo
Mares!
Mar imenso, mar sem fim
Que em marés soltas te aproximas
E baloiçando, ininterruptamente, me embalas
Lastro do corpo
Resguardo da alma
Ouvinte atento de uma voz sem som
Confidente
De palavras e gestos de sereia, eternamente
Salgado
Não és como o mar inventado
Sem marés
Circunscrito
Pesado
Triste
Calado
Onde me ponho
Quando o Sol se deita
E a lua nasce!