Sábado, 3 de Março de 2007

Mário de Sá-Carneiro

 CANtar   o   mundo

 

 

 
Entendo-te poeta!
Como se hoje fosse o amigo que não tiveste
 
Entendo-te poeta!
Por esse teu desejo de estética
Por te identificares com a arte
Que na Vida
Em mim e em ti fez parte
 
Entendo-te poeta!
Por te teres fixado no sonho e no sono
Nessa que é a minha vontade
De penetrar nas trevas
No labirinto que somos
Prevalência obsessiva do eu
P’la relação crepúsculo com o outro
Que não és tu nem eu
 
Entendo-te poeta!
P’la tua acuidade sensorial
P’la cor que em ti e em mim
Foi pronuncio da afectividade
Das carícias que a noite matou
Nesse ideal inacessível que para ambos o amor desalentou
 
Entendo-te poeta!
Tu Estátua Falsa sem ser e sem ter
Eu Estátua Mendiga
Porque nenhum de nós se adaptou à vida
Do Alto veio a queda e a fadiga
 
Entendo-te poeta!
Porque mesmo vivendo mortos
Da morte temos saudade
Anseios de fuga
No meio de tantas vontades
 
Entendo-te Poeta!
Por teres sido o Quase
Por eu ser o Quase Nada
 
Laranjas de Marca:
publicado por raparigadaslaranjas às 22:31
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