CONtar o mundo
Amo acima de todas as pessoas as que não conheço!
Perfeita no seu ser, atrás de uma mesa, desaparece de repente, porque tem de sofrer ausente. A vida foi ingrata com ela! É sempre assim! Sofre mais quem já mostra sofrer.
Nasci a gostar do desconhecido, a senti-lo!
Hoje sinto a dor de um desconhecido!
Enquanto sentia, escrevendo, vi um homem morto e outro aos urros, a arder entre labaredas que subiam e saìam furiosas pelas janelas. Lamentei a morte do primeiro, um desconhecido, esperando que o outro defumasse, ficasse nu à janela, depois de ter perdido toda a sua animalidade. A este fui capaz, mesmo sem querer, de o “castigar”, porque o conhecia.
Amar e perdoar ao desconhecido, àquele que passa pelas ruas calado, escondido, ignorado, é mais fácil, do que amar e perdoar ao conhecido. Não sei amar o (s) Próximo (s) da mesma maneira, como Deus gostaria. Não sei, porque não sou perfeita!